“Nessa primeira fase do Programa CPFL nos Hospitais, nós vimos de tudo nos clientes. Como faltam recursos financeiros, geralmente a infraestrutura fica deteriorada, o atendimento aos pacientes é prejudicado e a rede elétrica é uma das mais impactadas.
Em Araçatuba, nós começamos o projeto na Santa Casa de Misericórdia no início de 2020. Naquela época, a pandemia ainda não havia chegado ao Brasil com tanta força, mas já era um motivo de preocupação.
Fizemos três ações de eficiência energética. Trocamos a iluminação por lâmpadas de LED, que são mais eficientes, e instalamos uma usina de geração fotovoltaica no telhado. A terceira ação foi a troca da planta de produção de oxigênio medicinal que o hospital possuía.
Essa não é uma iniciativa que geralmente fazemos, mas faz parte do nosso trabalho entender as necessidades de cada cliente e buscar as soluções que vão gerar mais eficiência energética. A planta de oxigênio era bem antiga e gerava um consumo elevado. Então, achamos um fornecedor de equipamentos, fizemos as visitas técnicas e testes, acertamos os custos e realizamos a instalação. Em abril de 2020, a nova planta estava funcionando.
No começo de 2021, quando os casos de Covid-19 explodiram, essa planta de oxigênio foi fundamental para evitar um colapso da Santa Casa. Nós percebíamos a situação desesperadora dos hospitais em Manaus, quando houve desabastecimento de oxigênio. Enquanto isso, o número de internações na região de Araçatuba crescia cada vez mais. A Santa Casa, que atende a população de cerca de 40 municípios próximos, teve de abrir novos leitos, aumentar a UTI, e tudo isso precisava de oxigênio para o tratamento dos pacientes.
No pico da pandemia, a nova planta gerava 50% a mais de oxigênio do que a capacidade planejada para dar conta da demanda. Os equipamentos trabalharam sobrecarregados, mas felizmente não quebraram.
Em novembro de 2021, nós fizemos um evento simbólico na Santa Casa para celebrar a entrega do projeto. Muitos médicos e enfermeiros estavam presentes e era visível o quanto eles ainda estavam exaustos, mas ao mesmo tempo revigorados por terem conseguido atender a população. Nós ouvimos muitos relatos que, sem a nova planta de oxigênio, o hospital teria colapsado.
Ver aquela estrutura funcionando, saber que tivemos uma participação ativa para melhorar o hospital que enfrentou essa crise, é uma satisfação imensa. Eu sinto que fiz a diferença para aqueles profissionais, para aquela comunidade. E que meu trabalho, assim como o de toda a equipe de eficiência energética da CPFL, está deixando um legado para os hospitais que mais precisam.”